domingo, 7 de novembro de 2010



Acordei tão empolgada... era dia de ver o Empire State Building, o Central Park, O Metropolitan, O Rockefeller Center, a Biblioteca... Era o dia de bater perna pela cidade que nunca dorme.
Quer dizer... seria, se a primeira grande coisa do meu dia não tivesse sido cair por cima do joelho quebrado, dobrando-o mais de 120°. O que não acontecia desde agosto. A dor foi quase a mesma de quando ele quebrou. E eu só conseguia chorar. Chorar...
Sozinha, no hotel, eu via ir-se embora a chance de ver NY. O joelho inchou na hora. Os funcionários do hotel desesperaram. Acho que na cabeça deles eu iria processar a casa. Imagina... Cair acontece. Especialmente comigo. Eu estava com medo de ter tido um problema maior e ter que voltar pro Brasil, agora, no meio da viagem. Ia ser frustrante demais. Enfim... Passei a manhã inteira com fome, com dor, lamentando a queda. Coloquei gelo, tomei um analgésico fortíssimo e chamei o seguro de saúde que eu tinha feito ainda no Brasil. O médico só chegaria às 3 da tarde. Eu, ao meio dia, com menos dor, tomei coragem, enfaixei o joelho e fui andar. Quer dizer, fui mancar por NY. Fui até o central park, minha tentativa era ir ao Metropolitan. Quando perguntei ao charreteiro quanto eu estava longe, ele disse: - com essa perna vc tem que pegar um taxi. Simples assim.
Decisão: Esquece o metropolitan!
Resolvi ir até o Rockefeller Center. A pé mesmo. Levei um tempo enorme. Mas fui. Vi... E volto no inverno para patinar lá! Peguei um ônibus para descer até o Empire State Building. O motorista do ônibus na mesma hora reconheceu o meu sotaque. E disse: - Where are you from? – Brazileña? Pronto. Andei de ônibus de graça. O cara parou em frente da biblioteca pra me deixar feliz. Esperou eu tirar foto e tudo. Um amor. No final, quando eu desci , ele disse: - Please, be cool with american tourists! Eu ri e pensei no couch surfing. OK! Vou ser legal, especialmente com os New Yorkers!
Pronto, eu estava de frente para o prédio. Paguei o que tem que ser, subi nos elevadores e pronto. A vista da cidade, ali, na minha frente. Sabe... na verdade mesmo, não achei grandes coisas. Ahuahauha. Prontofalei! Nada demais o Empire States building!


Tive que pegar um Yellow Cab pra voltar pro hotel. O médico já estava lá a minha espera.
Consulta breve e ele me disse o óbvio: eu precisava de um ortopedista. JURA? Ele queria marcar para aquele dia mesmo. Eu decidi que seria melhor voltar pra Florida, onde eu tenho um carro e posso dirigir pra resolver minha coisas, que ir ao médico ali e de repente o cara me imobilizar do outro lado do país.
Deu o maior trabalho trocar as passagens de volta. Além do trabalho, isso me custou mais 50 dólares. Eu voltei pra casa do Jay, em New Jersey. E tive uma agradável noite. Toda a família sentou na mesa pra jantar. E que nem em filme eles ficaram lá falando do dia, das coisas do bairro, da escolinha de baseball, da natação... e eu ali, assistindo um filme, do lado de dentro da televisão.
No outro dia de manhã peguei um taxi de New Jersey pro JFK. Paguei a módica quantia de 85 dólares por um taxi. Então, calculando... além da minha dor, eu gastei a mais 135 dólares e perdi a ida a Washington e a San Diego! Que maravilha!!! Por isso que eu digo... pobre não pode nem passear que se estrepa!!!!

O taxista que foi me apanhar era um egípcio. O cara era uma figura. (pelo menos isso, né!)Ri todo o trajeto de NJ ao aeroporto. Paguei com dó o taxi, que nem era amarelo....
E voltei pra casa. Com medo, muito medo do que eu podia ter no joelho....

Um comentário:

Brena Marinho disse...

Me ajuda a te encontrar, lívia!